Não há como negar, o temático encanta! Espaços criados a partir de histórias, filmes ou nichos, seja na linha de personagens ou segmentos, os espaços dedicados a exaltar um tema, atraem desde fãs incondicionais daquele gênero determinado até curiosos que querem também vivenciar daquela experiência.
Mais distante, os parques de entretenimento dos complexos Disney, Universal e outros, mesclam personagens de quadrinhos, com superstars da vida real. O que interessa é que o que as pessoas desejam, não é simplesmente fazer uma passeio de montanha russa, elas querem é viver essa mesma experiência no brinquedo que tem a marca do personagem. O mesmo brinquedo, pronto para fantasiar uma história.
Mais perto, a nossa Gramado, “Disneylândia brasileira” na Serra gaúcha, compreendeu a fórmula. E viu o quanto ela caiu no gosto dos turistas que vão a outrora pitoresca cidade, hoje palco de mega empreendimentos, para fazer bem mais do que comer fondue e passear de pedalinho no Lago Negro.
Eles viajam o Brasil também para se esbaldar em pizzarias piratas, de dragões mágicos ou pré-históricas. E por lá hoje concorrem centenas de atrações interativas, que ultrapassam em muito o simples saborear do chocolate. É um verdadeiro Mundo Temático, que sabe que o encantamento e a fantasia, vendem, atarem e conquistam.
E por aqui, nas nossas redondezas, será que temos também um olho mágico para enxergar – e operacionalizar – algo assim? Tomara que sim!
A Conferência (do Meio Ambiente) de todos
Foi com satisfação que participei da 9ª Conferência do Meio Ambiente de Santa Maria. Evento bienal, que o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Santa Maria (Condema) realizou no dia 22 de novembro.
Lá, pude constatar uma participação plural, que demonstrou algo que compreendo como necessário e fundamental. Que não se entenda por meio ambiente, uma pauta de apenas alguns – seja de que lado da corrente nadem –, mas sim, uma responsabilidade de todos. E como “todos”, digo “todos” mesmo.
Criticar é fácil, apontar dedo, mais fácil ainda. Mas tentar indicar soluções que tragam mais clareza sobre rumos, que busquem encontrar mais apertos de mãos e convergências, ao invés de bate-bocas e divergências, isso é um grande desafio.
Por isso, creio ser urgente que entidades representativas da sociedade – sejam estas diretamente identificadas com as pautas ambientais, ou não –, somados aos poderes constituídos e a representação da comunidade – que somos todos nós, independente do bairro onde morem ou estilo de vida que tenham –, realmente entendam que queda de braço, só terá um perdedor ao final: o nosso ambiente.
As cidades continuarão a crescer, queiramos ou não. Mas podemos tentar juntos achar um meio para que cresçam sustentavelmente. As pessoas tentarão empreender, queiramos ou não, mas temos que criar uma regra clara, às claras e uníssona, para que assim o façam, respeitando espaços que precisam ser respeitados, mas que sejam conhecidos e demarcados para isso. Porque aí, o “sim” ou “não”, terá peso de grupo, e a subjetividade em decisões, passará a ser exceção.
E, ao final, ganhamos todos nós – sem narrativas –, ganham nossos filhos e especialmente nossos netos. Porque será deles o problema que empurrarmos para a frente. Mas se não houver mais diálogo e mãos dadas, vamos ficar só uns atrapalhando os outros.
O que vi na Conferência, foi um ótimo caminho. Parabéns Deco Domingues, coordenador da entidade, e sua equipe de organizadores. Trabalharam como um só time.